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Como fazer hedge cambial?

No mundo dos investimentos, existem muitas possibilidades. Por se tratar de operações com risco mais alto, muitas pessoas procuram por formas de proteger os ativos. 

Por isso, o hedge cambial é muito útil. Essa prática ajuda a controlar os gastos e ganhos com moedas estrangeiras. 

Apesar de ser muito usado em investimentos, o hedge também pode ser muito útil para pessoas físicas ou jurídicas. 

Saiba como fazer hedge cambial e como esse tipo de operação pode te ajudar a reduzir custos. Continue a leitura!

O que é hedge cambial?

O hedge cambial busca a proteção do seu capital, independente de ser pessoa física ou jurídica. 

Funciona como um seguro, um controlador de riscos que tenta antecipar as mudanças no câmbio e resguardar o contratante.

Ou seja: o hedge cambial não gera lucros, não é essa a intenção da prática. O que ele faz é proteger o seu dinheiro. 

Para isso, são usados vários modelos que vamos explicar ao longo do texto. Mas, já podemos adiantar que ele é indicado para quem está exposto a riscos.

Quando se fala em riscos, não inclui apenas montantes enormes de dinheiro, o hedge protege qualquer valor, basta criar o contrato certo.

Leia também: Hedge Cambial – Conheça o que é e como utilizar 

Como funciona essa operação?

O hedge cambial é feito para evitar a perda de ativos e dar uma tranquilidade maior para o investidor. Para isso existem basicamente, dois formatos de negócio.

O primeiro tem como intenção “congelar” o preço dos ativos, permitindo negociar futuramente mantendo o mesmo valor da moeda. 

A outra forma de hedge consiste em investir em ativos opostos no mercado. Como assim? 

Imagine, por exemplo, o Ibovespa. Ele tem uma posição que é normalmente contrária ao dólar. Então quando um sobe, o outro desce.

Por isso o investimento no Ibovespa é uma boa opção para hedge se você lida com dólares americanos, já que ele vai equilibrar suas perdas e ganhos.

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Tipos de hedge cambial 

O hedge cambial é um conceito único, mas existem vários métodos de garantir essa segurança maior para os seus investimentos. 

Entender como eles funcionam é essencial para ter bons resultados, principalmente nos momentos em que o mercado se encontra instável.

Veja os tipos mais comuns de hedge cambial.

Contratos futuros

São acordos de compra negociados hoje para uma finalização futura. No caso de uma viagem, por exemplo, o valor do dólar é fixado entre as duas partes.

É benéfico porque garante que as flutuações no mercado não vão afetar o valor final da compra, mesmo que o dólar suba. 

Fluxo de caixa 

Para empresas, serve como contenção de riscos. Imagine que foi comprado um estoque grande de produtos, com pagamento parcelado.

Se a moeda sobe, o estabelecimento vai perder bastante dinheiro. Ao fazer um acordo, é possível manter a moeda no mesmo valor para que as parcelas continuem iguais.

Swap

Nesse modelo, é a financeira que assume os riscos de câmbio. É feito um contrato entre as duas partes, com prazo de vencimento e é combinado um valor da moeda.

Até o final desse contrato, podem ser feitas negociações considerando o mesmo valor. É uma operação sem risco para a pessoa física ou jurídica.

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Como fazer hedge cambial?

Agora que você já entendeu mais sobre o assunto, é o momento de descobrir como fazer hedge cambial. 

O primeiro passo, como é normal em operações relacionadas ao investimento, deve ser abrir conta em uma corretora de confiança. 

O mercado possui várias opções atualmente, certifique-se de que a empresa é bem conceituada e tenha boas avaliações antes de fechar qualquer contrato.

Depois de definir a corretora, escolha qual será o modelo usado para o hedge cambial. Como viu, existem vários tipos, e eles podem ser desdobrados em formas de operação. 

Veja algumas das opções.

  • NDF: Non Deliverable Forward, esse é um contrato com taxa para câmbio futuro. Ao final do acordo, no vencimento, ocorre o pagamento da parte prejudicada.
  • Fundos cambiais: são tipos de investimentos que replicam o desempenho das moedas. De acordo com o mercado, os investimentos sobem ou descem, sem depender de uma ação sua.
  • Trava de câmbio: modelo feito especialmente para empresas, ele fixa a cotação de uma moeda para garantir que o pagamento de parcelas não aumente demais.

Cada corretora pode oferecer outros tipos e indicações de como fazer hedge cambial, então vale a pena pesquisar as melhores condições para o seu caso antes de investir. 

Descobriu o melhor hedge para você? Pronto, é só fazer o acordo, assinar o contrato e ficar tranquilo por ter protegido o seu dinheiro.

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Porque e quando devo fazer hedge cambial?

O hedge cambial é indicado para pessoas ou empresas que lidam com outras moedas além do real no seu dia a dia. 

Ele é indicado para os contratos longínquos, pagamentos em parcela e cotação para compra de moeda no futuro. 

Para pessoa física, o maior motivo é assegurar o valor de uma moeda. Por exemplo, o hedge pode ser feito para garantir um bom preço por real para uma viagem que você fará futuramente.

Já para a pessoa jurídica, o hedge cambial permite encher o estoque com produtos, parcelando o pagamento e mantendo o mesmo valor da moeda durante a quitação. 

Como o mercado nacional e internacional pode ser bem instável, o mais indicado é fazer hedge cambial quando a moeda estiver mais baixa. 

Para isso, é possível observar os indicadores diários e as previsões do período futuro de cada país.

No entanto, é bom lembrar que esperar demais pode acabar não valendo a pena. Em momentos ruins para a moeda, mais pessoas buscarão o hedge, fazendo o valor desses contratos subir.

Então, não espere a incerteza, se previna e proteja seus ativos mesmo que o cenário atual esteja favorável. 

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Vale a pena fazer hedge cambial?

Sim! É uma opção de “seguro” que se aplica para pessoas físicas e jurídicas, e pode te salvar de muito prejuízo quando se trata de investimentos e compra de moedas.

Agora, você sabe tudo o que precisa sobre como fazer hedge cambial! Continue acompanhando o Conexão Financeira para mais conteúdo informativo.

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