Macroeconomia

Reduflação: entenda como isso impacta nas finanças

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Já ouviu falar em reduflação? Embora seja importante ter uma melhor compreensão da situação econômica e política do nosso país, nem todos procuram se aprofundar no assunto e têm pouca ideia de como a reduflação afeta seu dia a dia.

Não só isso, mas principalmente para quem faz compras ou investe, é sempre interessante entender como funciona esse tipo de inflação de produtos e como afeta o consumo.

Por isso, o artigo de hoje vai discutir o que é a reduflação e como ela afeta as finanças e as escolhas de consumo, e os principais motivos que fazem com que isso aconteça com os produtos em geral.

Portanto, para entender melhor o conceito de reduflação e o que a causa, confira os tópicos a seguir que discutirão uma série de informações sobre por que as empresas de equipamentos agrícolas, ou empresas de outro ramo, precisam saber sobre esse processo.

Explicando a reduflação

Você já teve a impressão de que um produto acabou após pouco tempo de uso? Pior de tudo, pagar o mesmo preço por um pacote menor ou um preço maior por um produto com a mesma quantidade de sempre? 

Isso está se tornando cada vez mais comum, e tem um nome: reduflação. Essa prática ocorre quando há redução do tamanho da embalagem, conteúdo do produto e quantidade unitária sem queda proporcional no preço.

Por exemplo, digamos que uma determinada empresa de tratamento de resíduos sólidos faz um pedido de embalagens industriais para uma empresa terceirizada de embalagens para armazenar seus produtos. 

Se ela notar que em um determinado mês pagou um valor, e no outro mês um valor a mais com a mesma quantidade de produtos solicitados, ocorreu a reduflação.  

Dessa forma, os consumidores compram uma quantidade menor do item pelo mesmo preço de antes. Isso significa que o preço subiu, mas como o preço da etiqueta geralmente não muda, dificilmente é perceptível para a maioria dos consumidores.

Em outras palavras, a reduflação é adotada sem que a maioria das pessoas preste atenção ao preço no rótulo do produto e à mudança na quantidade.

Por exemplo, é perceptível que as barras de chocolate ficaram menores com o tempo e os preços aumentaram significativamente, tanto é que até mesmo muitos consumidores, principalmente os amantes de chocolate, notaram esse fato. 

Assim como quem faz gerenciamento de resíduos na construção civil nota quando realiza pedido de estoque de cerâmicas, cimento, fios elétricos, etc. 

Ou seja, isso quer dizer que também é possível que, além de reduzir o volume, as empresas aumentem o preço. 

E se você pode estar se perguntando se isso é permitido por lei e se as empresas estão livres para realizar esse tipo de ação, é preciso esclarecer que, de fato, não é uma prática ilegal. 

No entanto, como afirma Rui Rosa Dias, professor do Institute of Advanced Management-European Business School (ISAG-EBS): ““Ilegal não é, agora é pouco ético, é falta de transparência”.

É preciso destacar também que, na verdade, essa prática não é nova. Isso porque, em 1987, uma grande empresa de táxi aéreo economizou US $40.000 por ano retirando apenas uma azeitona de seus produtos que era servida aos passageiros da classe executiva.

O que a lei diz sobre a reduflação?

No Brasil, os fabricantes são obrigados a comunicar as alterações nos rótulos dos produtos, informando sobre as quantidades reduzidas do produto, em caracteres de fácil visualização e visibilidade.

Caso não haja informações claras de redução na embalagem, a empresa pode ser denunciada por meio de órgãos de defesa do consumidor como Procon, Senacon e Ministério Público. 

De acordo com o Procon: “Os consumidores que adquirirem produtos em desacordo com esta lei têm o direito de trocá-los por outros produtos de sua escolha ou receber o reembolso do valor pago em dinheiro”.

Adriano Fonseca, advogado da Associação de Consumidores Proteste, explica: “O ideal é que o consumidor esteja sempre atento aos produtos que escolhe, principalmente aqueles que compram com frequência.

Se feito indiscriminadamente e sem que as informações apropriadas sejam fornecidas de forma que os consumidores possam identificar imediatamente, o reprocessamento pode significar abuso e violação do direito à informação e dos princípios de boa fé.”

Por fim, de acordo com a Portaria do Ministério da Justiça nº 392, de 29 de setembro de 2021, as empresas devem:

Indicar sobre as mudanças nos rótulos

A etiqueta deve indicar o valor antes e depois da alteração. É necessário informar a quantidade do produto reduzido em valor absoluto e percentual.

Fornecer informações

As informações sobre a alteração devem estar em local de fácil visualização, em maiúsculas, em negrito e contrastando com a cor de fundo da etiqueta.

As alterações devem ser comunicadas na seção principal do rótulo. É proibida a inclusão de informações em locais ocultos e de difícil visualização, como áreas fechadas e torcidas.

Tempo de indicação de mudança

As alterações de quantidade devem ser indicadas no rótulo por pelo menos 6 meses.

Ou seja, assim como é essencial realizar um registro de direito autoral de logotipo, é preciso que as empresas que mudam os preços de seus produtos, ou mesmo diminuam as embalagens e mantenham os mesmos preços, sigam essas diretrizes estabelecidas.

Essas medidas visam informar melhor os consumidores para que façam escolhas adequadas para o tipo de consumo que possuem. 

Como a reduflação afeta os consumidores?

A reduflação afeta diretamente os consumidores em várias questões, é por isso que vamos explicar detalhadamente sobre como isso acontece para que você faça melhores escolhas ao comprar produtos em um supermercado, ou em qualquer loja. Confira:

Afeta o poder de compra

A reduflação afeta de forma direta o poder de compra. Isso porque você está recebendo menos pela mesma quantidade de dinheiro.

Nesse sentido, se você precisar comprar exatamente a mesma quantidade de antes, terá que gastar mais dinheiro para adquirir o mesmo produto, assim como é na inflação.

A única diferença é que na reduflação, esse aumento de preço é mais disfarçado. Por isso é importante ficar atento a possíveis mudanças nas etiquetas de preços dos produtos.

É importante também que as empresas prestem atenção quando forem realizar abastecimento de estoque ou contratar serviços de outras empresas terceirizadas. 

Por exemplo, uma determinada empresa de transporte de veículos precisa ficar atenta quando for realizar troca de pneus de seus automóveis, pois caso haja um custo dobrado, pode ser que a empresa fornecedora de pneus tenha cometido reduflação ao precificar. 

Muitas pessoas são tão fiéis a certas marcas que não prestam atenção na embalagem quando vão comprar, só olham o preço. Porém, à medida que esse tipo de inflação aumenta, é preciso sempre ficar de olho.

Resulta em recessão

Um dos maiores efeitos da reduflação a longo prazo é que o mercado entra em recessão, o que resulta em menos pessoas investindo nele, menos capital e ainda menos empregos, o que é ruim para todos.

Com menos pessoas trabalhando em empresas, menos pessoas irão consumir produtos ou contratar serviços.

Por exemplo, por mais que um determinado curso e treinamento nr10 online seja de alta referência, com bons tutores, se o mercado entra em recessão, dificilmente as pessoas irão investir em conhecimento e cursos. 

 Ou seja, a redulflação aumenta as chances de crise e aproxima tempos difíceis.

Por que ocorre a reduflação?

Podemos então apontar algumas das principais razões para que ocorra a reduflação no mercado, como:

  • Produtos e insumos em geral mais caros;
  • Um grande número de pessoas à procura de produtos;
  • Poucas moedas em circulação;
  • Empresas querem aumentar lucros e cortar gastos;
  • Estímulo ao consumo insuficiente.

É claro que essas questões podem ser melhor controladas à medida que a inflação aumenta ou diminui, e os mercados econômicos precisam ser observados, além de quedas mais repentinas que podem ocorrer de forma gradual ou simultânea.

Para resumir, a deflação é tão prejudicial quanto a inflação, seja uma empresa focada em serviços de calibração de dosímetros ou uma pessoa comum.

Os mercados devem ser capazes de aumentar ou diminuir o valor de forma mais controlada para reduzir o impacto sobre todos os envolvidos. Podemos chamar esse processo de reduflação mais gerenciável. 

Isso significa que os preços podem subir mais lentamente, e as pessoas e até mesmo empresas de obtenção de ex tarifário podem ter maior ciência sobre suas escolhas no mercado para estabilizar melhor a situação geral.

Esperamos que o texto de hoje tenha sido extremamente útil e que você tenha conseguido entender como a reduflação pode impactar as suas finanças. 

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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